Nada está escrito!
...Eu tenho tudo na vida, mas falta-me a alegria e a paixão de viver!
Não gosto de mim como vivo, nem vejo solução para a minha vida. Mas não desisto...
Quem não sentiu já, um dia, estas mesmas dúvidas dentro de si?
Apesar de nunca, como actualmente, serem tão esperançosas as perspectivas de vivermos melhor, também nunca como hoje convivemos tão de perto com a angústia, a tristeza, o tédio e a solidão.
Não estaremos nós distraidamente a criar desequilíbrios e estilos de vida totalmente inconciliáveis com estarmos bem e vivermos felizes?
Pensarmos que os filhos de divorciados, alcoólicos, excluídos e marginalizados teriam, inexoravelmente, o destino marcado com a desgraça, é no mínimo, um erro grosseiro.
Justamente porque aquilo que a realidade diariamente nos mostra é a imensa e imprevisível capacidade de o ser humano resistir e sobreviver a doenças de corpo e alma.
De facto, à partida, nada está definitivamente escrito!
E a mais sublime aventura de viver consiste na liberdade de termos de escrever, na folha em branco do presente, o dia-a-dia da vida que escolhemos, partilhando com os outros, infinitamente, a finitude de cada momento.
Temos o espaço de liberdade de escolher reconciliarmo-nos, ou não, connosco, com os outros e com a vida, e viver felizes.
Por que espera?