Abrindo uma via em que combina a crítica, a nuance e a ironia, Nietzsche foi expondo ao longo da sua obra o largo espectro de virtudes do perspetivismo, procurando sempre desentrincheirar os dogmatismos e apostar num experimentalismo que, mais do que convencer, prefere inspirar, alargando sempre - como se da mesma coisa se tratasse - os campos do pensável, do possível e do realizável. É precisamente a fecundidade dessas virtudes que os textos de Manuel Maria Carrilho, reunidos nesta obra, assinalam na sua dimensão teórica e nas suas consequências práticas. Neste livro reúnem-se um conjunto de textos que têm em comum o objetivo de caracterizar uma posição filosófica, o perspetivismo, precisando não só os seus principais traços, mas também as suas potencialidades - em suma, as suas virtudes.