Cerco de Sarajevo, 1992. À janela do seu apartamento no segundo andar, sob o ruído constante das balas e granadas, um violoncelista senta-se a tocar o Adagio de Albinoni. Mas lá em baixo, na rua, um morteiro mata 22 pessoas que se encontravam na fila para comprar pão. Num desafio cego e surdo ao perigo, o violoncelista decide, durante 22 dias consecutivos, sair para a rua mutilada e tocar em memória dos mortos… isto é, se conseguir sobreviver. O dia-a-dia de uma cidade sob ataque num romance escrito numa prosa despretensiosa, que nos mostra aquilo que nos mantém humanos quando parece que todos os vestígios de humanidade já se esvaíram à nossa volta.