Marcadamente autobiográfico e resultado de uma dor de existir, o livro de Brontë marca-nos pela vital paixão e sabedoria. A experiência dolorosa é transformada num romance que tem um final construído de forma comoventemente feliz; e as prováveis conexões com a experiência pessoal da autora não constituem o elemento mais importante do romance. É a bonita história de amor entre a heroína e o seu professor, as admiráveis personagens femininas com dimensão poética, o desenvolvimento orgânico de uma narrativa cativante e a profundidade no tratamento das personagens que garantem a qualidade estética do livro.
Também não faltam os ingredientes fantásticos tão apetecidos hoje em dia: há um fantasma de uma monja, que fugira de um amor proibido, que aterroriza a nossa heroína…
Este livro, actualmente é lido e discutido mais intensamente do que todas as outras obras de Charlotte Brontë e muitos críticos consideram-no hoje em dia uma obra-prima, uma obra de génio. De facto, Virginia Wolf considerava Villette a “melhor obra de Brontë”.
O fulgor de Charlotte Brontë mantém-se bem aceso, prepara-se um filme sobre a sua vida e dá-se à estampa textos novos nunca publicados como é o caso de «O Feitiço».
«Lucy Snowe, é a heroína romântica de Brontë: uma professora sem meios que busca vida nova algures em França é o exemplo excepcional de uma grande escritora que transforma em arte a sua vida. É o melhor romance de Brontë.»
Virginia Wolf
«Villette! Villette! Já leram?» exclamou George Eliot quando o último romance de Charlotte Brontë surgiu. «O livro é ainda mais maravilhoso do que Jane Eyre. Há qualquer coisa de sobrenatural na sua força.»