Numa bonita noite de primavera, a 14 de maio de 1277, Pedro Hispano, o único Papa português, deslocou-se até à câmara onde efetuava as experiências científicas que tanto apreciava. Mas algo de inesperado aconteceu. Uma grande explosão ecoou por toda a cidade de Viterbo. O teto desabava sobre o Papa que, ferido, agonizava por debaixo de uma trave de madeira. Seis dias depois entregava a sua alma ao Criador. O grande explorador Silva Porto, depois de uma vida de conquistas e descobertas, envolveu-se na bandeira nacional, sentou-se em cima de um barril de pólvora e suicidou-se sem glória. O escritor Antero de Quental escolheu um banco de jardim onde estava escrita a palavra «Esperança» para acabar com a sua vida. O médico Miguel Bombarda foi morto por um paciente psiquiátrico. O homem todo-poderoso que todos temiam, António de Oliveira Salazar, caiu do poder graças a uma cadeira de lona. Almirante Reis não esperou para ver e suicidou-se por achar que o golpe de 5 de outubro de 1910 iria falhar…Morrer é sempre tão ridículo. Mas há mortes mais insólitas que outras.