Procuramos neste livro caracterizar a clandestinidade comunista, enquanto contexto de vida e de luta, e descobrir as normas de conduta, regras, códigos éticos e morais, e até a linguagem particular que os clandestinos assumiam. Pretendemos assim equacionar a cultura própria que emana da clandestinidade comunista, caracterizando não tanto a organização partidária numa perspectiva macro-estrutural, mas lançando um olhar para o quotidiano da vida clandestina, usando como fonte privilegiada de informação as vozes daqueles que permaneceram clandestinos e que nos forneceram as suas narrativas biográficas.