D. Nuno Álvares Pereira, filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira e de Iria Gonçalves do Carvalhal, nasceu a 24 de Junho de 1360 em Santarém e morreu a 1 de Novembro de 1431.
Em 1373, entra na corte de D. Fernando, foi escolhido por D. Leonor Teles, para seu escudeiro, sendo posteriormente armado cavaleiro.
Com a morte de D. Fernando em 1383 surge a crise. No inicio de 1384, D. João I de Castela, querendo apoderar-se do trono de Portugal, invadia o nosso país com um exército, em direcção a Lisboa, onde D. João, Mestre de Avis concentrava todas as suas forças para resistir. Nuno Álvares chefiou a resistência militar contra Castela ganhando batalhas decisivas. Em troca, obteve de D. João I extensos domínios territoriais.
Em 1423, já viúvo, despojado de bens materiais, volta-se para a buscar de outra espécie de bens, os espirituais, a que a sua alma aspira e ingressa na ordem do Carmo.
A sua vida inteira consiste em prodigalizar actos de piedade, e o povo lisboeta conhece-o por um expressivo título: o de Santo Condestável.
Em 1641, é dirigido ao Papa Urbano VIII o pedido para que se proceda à sua beatificação. Mas, apenas em 1918, é que a igreja eleva aos altares o mais perfeito expoente do heroísmo e da fé no Portugal da Idade Média, aprovando e reconhecendo o culto do Santo Condestável.