Bruno Ferreira leva-nos a uma espécie de viagem aos últimos 4 anos do país, utilizando o humor, a crítica social, a política e o desporto. O seu lado humorístico, através de uma abordagem satírica e irónica, irá proporcionar-nos momentos de boa disposição.
É engraçado que, quando falo no Papa ao meu filho mais novo, o Tomé, que tem dois anos, saliva. E se referir o Sumo Pontífice ao meu filho mais velho, o André, que tem seis anos, ele também saliva. Os meus filhos reagem ao reflexo condicionado de Pavlov quando ouvem falar de Papa e de Sumo – pensam que é hora do lanche.
Ao longo dos tempos, tenho tentado explicar, pedagogicamente, aos meus filhos, que os polícias são sempre os bons e que apanham os ladrões, que são os maus. Mas ao verem polícias contra polícias na televisão à hora de jantar perguntaram-me:
– Pai, e agora, quais é que são os bons e quais é que são os maus?
Naturalmente, puxei dos meus galões de formador e respondi:
– Vá, já são horas de ir para a cama, vamos lavar os dentes.