Ao começar este pequeno livro, tive apenas em mira esboçar, o mais ao de leve possível, o que era o vício em Lisboa; e, com alguns exemplos por mim vistos no decorrer de doze anos de vida boémia, mostrar não só os podres desse mesmo vício, como os resultados funestos a que muitas vezes leva quem nele se internar.
Aos novos de ambos os sexos que me lerem, poderão alguns dos capítulos que aí ficam servir de guarda a quedas que mais tarde deplorariam, mas já sem remédio; aos velhos, servir-lhes-ão para recordar... tempos que já não voltam! [...]
[O vício] afinal é todo igual, começa como acaba, quer seja no clássico bordel ou na alcova forrada a peludos tapetes, onde as pulgas, aos milhares, se aninham viciosas, a exemplo das suas donas ... ou alugadoras.»