[GRAVAÇÃO 0]
Foi assim. A Ema (uma miúda brilhante) e o Baltazar (um puto meio totó) andavam entretidos na sua vidinha quando lhes aconteceu uma coisa inacreditável e foram os dois parar a um sítio longínquo onde conheceram uma pessoa estranhíssima.
Pronto!
[...]
- É suposto, isso ser uma sinopse da história, Ema?
- Não, é a letra de um fado! Claro que é a sinopse, Baltazar. Não foi o que me pediste para fazer?
- Eu não te pedi nada. Tu é que me roubaste o dictafone. Eu até já tinha pensado numas palavrinhas para dizer.
- Esta badana não tem espaço para as tuas palavrinhas, Baltazar.
- Mas não podemos contar só o que tu contaste. Assim não se percebe nada.
- Se alguém quiser saber mais, lê o livro. Está lá tudinho!
- Deixa-me falar pelo menos na cartola.
- Não!
- És muito antipática!
- É o que se arranja!