Numa taberna de Lisboa, pai e filho dialogam. O filho tem quarenta anos, sente que falhou na vida, tenta perceber as razões que levaram o pai a abandonar o lar: o desejo de partir para lugares distantes ou a incapacidade de carregar o desalento de uma relação conjugal que tem nos filhos o único elemento gregário? Ou as duas coisas. O pai, inventor de histórias, falso viajante, procura a redenção na memória de outros tempos e fica a saber que a mulher vestiu luto na noite em que participa à família a sua falsa morte. Amor e morte, amargura e poesia, renúncia e aceitação constituem um cenário ímpar, fazendo deste livro uma obra maior de uma das vozes mais aplaudidas e celebradas da Literatura Portuguesa contemporânea.