Autor de Pequeno-Almoço com Sócrates Quem não se lembra do momento libertador em que pela primeira vez andou de bicicleta? Ou do dia em que foi pai? Se a nossa vida é uma sucessão de marcos, que leitura (filosófica) podemos fazer desses momentos chave? Vivemos com sofreguidão. E vivemos demasiado depressa, a queimar etapas que só pontualmente registamos: a entrada na escola, o primeiro amor, a faculdade, os filhos e netos. Carregamos memórias, fotografias, e uma vaga noção de que, pelo caminho, ficaram uma série de marcos esquecidos. Uma Viagem com Platão convida-nos a repensar, senão uma vida inteira, pelo menos os passos mais importantes. Podemos estar agora no primeiro divórcio, ou na crise da meia-idade - o momento é irrelevante. Importa, isso sim, abrandar por um instante o ritmo asfixiante da existência e pô-la em perspectiva. É esse o exercício que nos propõe Robert Rowland Smith, num livro que evoca as reflexões dos grandes pensadores sobre cada um desses marcos. Sartre e os existencialistas têm uma visão do nascimento radicalmente diferente de Hume ou Heidegger. E Leonardo Da Vinci ou Derrida defendem pontos de vista diversos acerca da perda da virgindade. Ao recordar todos esses pensadores - mas também cineastas, escritores, psicólogos e cientistas - o autor reposiciona-nos, oferece-nos pistas, um novo olhar. Cria janelas através das quais nos afastamos da nossa vertiginosa existência, para simplesmente a contemplar.