Este livro é um romance; uma obra de ficção, portanto. Mas é também uma biografia, embora imaginária. Criado pelo genial poeta da “raça lusitana” – Luís de Camões –, o Velho do Restelo agora ganha uma “vida” mais extensa. Ele representa, ou simboliza, o arauto do pessimismo, tal como Cassandra na tradição helénica. Há que se conhecer, todavia, “o Velho” e sua trajetória existencial para se relativizar qualquer julgamento acerca dessa personagem. O ponto de partida é Camões; seu itinerário é o imaginário português da Idade Média e, em alguma medida, europeu; o seu desfecho – bem, o seu desfecho é aquele reservado aos homens...