Jean Genet associa, não sem ironia, a nossa sociedade a um bordel de luxo: um lugar onde se trocam os corpos pelo dinheiro, onde reina a ilusão e o engano. A parábola é clara: a irresistível ascensão de Georges não é outra que a de Franco ou Hitler, mas sob a forma de uma farsa fúnebre. A força do teatro de Genet reside neste riso terrível, o riso de quem sabe que tudo está perdido.