Um testemunho de dois cidadãos portugueses - um professor do ensino secundário e uma economista cuja actividade se tem desenvolvido sobretudo em IPSS - a quem têm sido negados ou sonegados esses direitos básicos em virtude de pertencerem a um grupo de pessoas que são normalmente invisíveis aos olhos da nossa sociedade - o dos cidadãos chamados deficientes. Uma história de amor poderosa e comovente e um testemunho que mudará necessariamente para sempre em quem o ler o olhar em relação a estes nossos concidadãos. Isabel Rute Barata nasceu em Luanda em 1967, mas veio para Lisboa antes dos dois anos de idade. Licenciada em Economia em 1993, exerceu a profissão, na área Administrativa e Financeira, durante cinco anos, até problemas ósseos a terem obrigado a reformar-se por invalidez. Começou, desde 1992, a trabalhar na área do voluntariado e a dedicar-se ao desenvolvimento pessoal, o que faz até ao presente, consciente da sua missão e do seu papel na criação de bemestar social. Manuel António Matos nasceu em Julho de 1955. Em virtude de uma doença degenerativa e progressiva ao nível muscular, nunca chegou a caminhar. Licenciou-se em Germânicas em 1977 e foi professor do Ensino Secundário durante 28 anos, até a atrofia espinal progressiva o ter impedido de continuar. Tradutor de inglês e alemão, foi ainda co-fundador da APN - Assoc. Portuguesa de Doentes Neuromusculares e director da revista da APN. «Hoje, vivo para ser feliz e para dizer que a felicidade é sempre possível e que desistir de lutar por ela é um erro sem sentido.» Testemunho escrito a quatro mãos que é um grito pela dignidade e pelo direito ao amor, ao afecto, à sexualidade, a uma vida inteira e normal.