A palavra FADO vem do latim, fatum, ou seja, "Destino".
Uma explicação popular para a origem de FADO de lisboa remete para os cânticos dos Mouros, que permanecem no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa, após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no FADO, teriam sido herdadas daqueles cantos.
Não existem registos do FADO até ao inicio do seculo XIX, nem era conhecido no Algarve, último reduto dos árabes em Portugal, nem na Andaluzia onde os árabes permanecem até ao fim do seculo XV.
O FADO só passou a ser reconhecido depois de 1840, nas ruas de Lisboa. Nessa época só o FADO de Marinheiro era identificado, tal como as cantigas de Levantar Ferro, as Cantigas das Fainas ou a Cantiga do Degredado, cantado pelos marinheiros nas proas dos navios.
Na primeira metade do seculo XX o FADO foi adquirindo grande riqueza melódica e complexidade rítmica, tornando-se mais literário e artístico. Durante as décadas de 30 e 40, o cinema, o teatro e a rádio vão projetar esta canção para o grande publico, tornando-a de alguma forma mais comercial.
A figura da fadista nasce como artista. Esta foi a época de ouro do FADO onde os tocadores e cantores saem das vielas e recantos escondidos para brilharem nos palcos do teatro, as luzes do cinema, para serem ouvidos na rádio ou em discos.
Surgem então as Casas de Fado e com elas o lançamento do Artista de FADO profissional. Para se poder cantar nestas Casas era necessário carteira profissional e um reportório visado pela Comissão de Censura, bem como um estilo próprio e boa aparência. As casas proporcionavam também um ambiente de convívio e o aparecimento de letristas, compositores e interpretes.
Já em meados do século XX o FADO iniciou sua conquista pelo mundo.