“Deixe-me só dar-lhe um exemplo da minha filha mais nova (de 11 anos) disse-me há pouco, com um ar de tristeza, mas ao memo tempo à espera de um resposta com “r” grande: “mãe, eu tenho saudades tuas e tu estás aqui!
Ah, extraordinário, extraordinário... Isto é Lusíadas puro, Camões puro.
E insistia: “Mas eu não devia ter saudades. Tu estás aqui, eu não devia ter saudades tuas.”
Formidável!
Formidável! Como é que é isto?
É extraordinário....
Eu disse-lhe: “é melhor assim porque é sinal que gostas de estar ao pé de
mim.” O que acha? Gostava de ouvi-lo.
É muito bonita essa....
É uma intuição....
É uma intuição de que podia não estar, de que a podia perder. É uma “parada” contra a hipótese da perda.”