Em Agosto de 1936, dois jovens portugueses, António e Maria, iniciam um namoro que, quatro anos mais tarde, haverá de os levar ao casamento. Partem para Lisboa, em viagem de núpcias, e visitam a grande Exposição do Mundo Português, dando conta, um e outro, em capítulos alternados, da sensibilidade com que vivem as suas experiências. Por entre a voz que utilizam, entretanto, é a partitura de um «nós» tribal que vão escutando, obrigados a uma espécie de ditado escolar, feito de linhas que falam da Grei, de reis e de heróis e de santos. Nas margens do Tejo, porém, eis que os germes da derrocada do Império se estão tão traiçoeiramente incubando. Daí que relatar a Guerra de Espanha, as primeiras efemérides do segundo conflito mundial, a meticulosidade com que acerta Oliveira Salazar as suas contas com a Pátria, as chamas que devoram as colónias de África, tudo isso signifique contemplar o nosso retrato futuro, quer dizer, este mesmo que nos sobrou.