A história do Terror é uma história de grandes declarações políticas, motins e insurreições, mas também uma história de sobrevivência a fome, perseguições e exigências ideológicas complexas, uma história de como um Estado, mesmo com a mais nobre das intenções, se pode virar contra o seu povo e quase o esmagar.
A Revolução Francesa marca a fundação do mundo político moderno. Foi durante a Revolução que as forças políticas do conservadorismo, do liberalismo e do socialismo começaram a encontrar a sua forma moderna e foi a Revolução que primeiro proclamou os princípios universais dos direitos do homem e do cidadão, nos quais as noções actuais de cidadania estão baseadas. O Terror foi, no fundo, uma guerra civil, e tais guerras são sempre brutais e complexas. A guilhotina em Paris reclamou mais de 1500 vítimas oficiais, mas as execuções dos rebeldes contra-revolucionários capturados chegaram às dezenas de milhar, e o número de mortes nas áreas de maior conflito terá provavelmente ultrapassado os cem mil, com massacres indiscriminados sendo cometidos por ambos os lados.