Talvez seja de vivermos o Século XXI ainda com demasiado Século XIX na cabeça. Em Portugal continuamos a pensar nas coisas da religião como se fôssemos personagens do Eça de Queirós. A igreja é uma palavra que nos transmite sensações ambíguas: por nos lembrar a fé dos nossos avós parece que não se relaciona com os nossos filhos. Reconhecemos um passado nosso na religião com a mesma facilidade que não descobrimos nela qualquer futuro.O que este pequeno livro tenta é o contrário disto. Ao partilhar o diálogo que uma pequena igreja de bairro tem mantido com a cultura à sua volta, sugere uma alternativa: o cristianismo não só não é inadequado para a nossa vida moderna nos grandes centros urbanos, como é urgente para essa vida. Quando temos fé em Cristo em contextos que podem ser desfavoráveis, podemos ter a verdadeira fé na cidade.