Os "povos bárbaros", após saquearem Roma, viraram a sua atenção para as terras da Península Hispânica. Os visigodos e os suevos foram, de entre esses povos, aqueles que mais contribuíram nas áreas política, social e religiosa para o desenvolvimento dos autóctones.
O Condado Portucalense deve muito a sua consolidação à Ordem de Cluny e, a partir dela, ao mais influente dos cavaleiros que acedeu ao pedido de auxílio vindo da Hispânia: o futuro conde D. Henrique. Sob sua influência, as ideias independentistas, há muito alimentadas pelos condes portucalenses, passaram a ter um rosto, mas foi com seu filho D. Afonso Henriques, sob orientação da Ordem de Cister, na figura de Bernardo de Claraval, que elas tomaram forma.
A Ordem Templária foi fundamental para a dinâmica de conquista e consolidação do território português. Nesse sentido, os monarcas incentivaram-na, concedendo-lhe privilégios e doando-lhe terras; por seu lado, os templários teriam de defender essas terras das investidas do Infiel, como também de povoá-las e desenvolvê-las, fixando as suas gentes. Assim, vários interesses – de conquista, autodeterminação, expansão territorial, alicerçados em valores espirituais –, concorreram para o nascimento de uma nova nação no panorama político-religioso peninsular e europeu.