A Ordem do Templo, obreira de um novo tempo, foi pioneira em resgatar das antigas culturas e tradições, da filosofia e do cristianismo primitivo, elevados valores humanos de conduta moral e religiosa, tão necessários para o conturbado período que se seguiu ao ano 1000. Paralelamente a este aspecto interno, o seu mentor e orientador, Bernardo de Claraval, desenhou um plano mais amplo de cariz externo: fundar um império cristão, balizado em valores de tolerância e fraternidade universais, constituído por homens de fé e cavaleiros valorosos e capazes de combater em prol da cristandade. Igualmente não se poupou a esforços para que os “seus” dilectos cavaleiros templários (sobretudo os mais altos dignitários da Ordem do Templo) encetassem contactos com os sábios das artes e das ciências antigas do Oriente, mantendo-os, assim, longe das intrigas e jogos de influências que se moviam nos bastidores do poder dos Reis, de Roma e dos mercadores venezianos.
Não fosse o plano ter sido descoberto e os Estados Latinos do Oriente terem caído, mais tarde, em posse do inimigo e, quem sabe, uma Nova Ordem Mundial teria emergido na Europa e no Mundo...