Era noite. Varka, a pequena ama, de treze anos, embalava o berço no qual o bebé estava deitado, sussurrando: «Dorme, dorme, meu menino, enquanto canto para ti.» Uma pequena lamparina verde ardia ante o ícone; havia uma corda atada de um extremo do quarto ao outro, na qual estava pendurada roupa de bebé e umas grandes calças pretas. No tecto estava um pequeno trecho verde causado pela lamparina do ícone, e a roupa de bebé e as calças lançavam longas sombras no fogão, no berço, e em Varka... Quando a lamparina começou a tremeluzir, o trecho verde e as sombras ganharam vida, movimentaram-se, como se o fossem pelo vento. Estava abafado. Cheirava a sopa de repolho e ao interior de uma sapataria.