Inserido nos cânones do simbolismo de matriz francesa, «Só» foi publicado em Paris, em Abril de 1892. Apontada como a principal obra de António Nobre, revela o desejo de renovação da linguagem poética de uma época, integrando marcas de coloquialidade e outros registos de língua cujo acesso à expressão poética estivera vedado. No plano temático, destaca-se o pessimismo profundo da visão do mundo, assinalada pela lamentação e pela nostalgia existencial.