A presente dissertação é uma análise da discussão em torno da reforma eleitoral em Portugal, que, apesar de se encontrar há vários anos na agenda política, continua por realizar. O estudo dos diversos sistemas eleitorais, a análise de reformas ocorridas noutros países e uma digressão pelo debate político dos últimos 30 anos em Portugal servem de base a este trabalho. A procura de explicações para este adiamento é enquadrada por duas abordagens teóricas ao fenómeno das reformas institucionais: uma perspectiva que considera a eficiência dos sistemas e o seu benefício geral; outra, que considera que estes processos reflectem, fundamentalmente, o interesse próprio dos agentes políticos.