Segundo a ideia que normalmente temos, a noção de símbolo encontrar-se-ia relegada para um plano de solenidade ou seria raramente visitada por alguns curiosos. No entanto, toda a gente utiliza no quotidiano o simbolismo sem o saber, pois toda a palavra constitui um símbolo. Não existe pois um domínio reservado ou ocasional, mas uma prática quotidiana onde o papel do simbolismo consiste em exprimir qualquer ideia de modo a que seja acessível a todos. Se existem muitos livros que tratam deste assunto tão vasto, nenhum deles explica as razões lógicas do simbolismo. Por esta razão pareceu útil ao autor seguir as mutações dos signos desde o seu aparecimento até à sua metamorfose longínqua, nomeadamente no domínio dos ritos e dos mitos, de modo a demonstrar cabalmente a sua ligação funcional.