"Há dois mil anos que o cristianismo decorre, em constante confronto, mais ou menos pacífico, com toda a espécie de vicissitudes, culturais, políticas, sociais e religiosas, apresentando múltiplas formas de expressão e de organização, dividindo-se e multiplicando-se, em inúmeras Igrejas, de maior ou menor dimensão e influência, a ponto de não parecer que buscam idênticos objectivos. Por tensões internas, em controvérsias de carácter dogmático-doutrinário, contestando normas de organização e de orientação disciplinar, e por tensões externas, pressões políticas e culturais de Estados e de povos, em que tentou integrar-se e que tentou transformar, o cristianismo nunca foi monolítico."