Em apreciação crítica à obra de Tolkien cuja edição portuguesa apresentamos, o Sunday Times escrevia que o mundo da língua inglesa se encontra dividido em duas partes: a daqueles que já leram O Senhor dos Anéis e a daqueles que o vão ler.
Não se enganava o crítico ao indicar assim que estamos perante uma obra de leitura obrigatória, sem qualquer sombra de exagero, se insere entre as mais notáveis criações literárias do nosso século.
Situando-se na linha da criação fantástica em que a literatura inglesa é fértil ( lembremos JonathanSwift com as Viagens de Gulliver, lembremos Lewis Carrol, com a sua Alice no País das Maravilhas ), Tolkien oferece-nos uma obra verdadeiramente monumental, onde todo um mundo é criado de raiz, uma nova cosmogonia arquitectada por inteiro, uma irrupção de maravilhoso que é admirável jogo de criação pura.
O sopro genial que perpassa na elaboração deste maravilhoso, traduzido sobretudo no realismo da narração, deixa no leitor o desejo irresistível de conhecer esse mundo que, como as crianças, chegamos a acreditar que existe.
A Irmandade do Anel é o primeiro volume da trilogia O Senhor dos Anéis, em que se integram também As Duas Torres e O Regresso do Rei.