Os ventos da História jamais poderão apagar em nós a memória do Santo Condestável. Se aqueles estão sujeitos aos desgastes próprios do tempo, já a nossa memória, se animada pela Fé e seus valores, não poderá deixar que caiam no esquecimento os ilustres portugueses do passado. A actualidade de Nuno Álvares, Beato Nuno de Santa Maria, o Santo Condestável, impõe-se com toda a veemência. Homem do século, interveniente na História, comprometido com as grandes causas da Nação que perigava e, ao mesmo tempo, Homem de Deus, consagrado segundo o carismo do Carmelo. Expresso o meu fundo desejo de que este texto contribua, sem demora, para a restituição de Nuno Álvares primeiro aos altares dos nossos corações e aos preitos de uma ternura e veneração bem arreigados, e, depois, na disseminação e multiplicação da sua figura de Herói e Santo por todos os lares e templos, por todas as praças e ruas, por todos os tempos e lugares, a fim de que a repetição nos conduza a Ele; para que Ele nos restitua a nós próprios, tão divorciados que andamos por vezes do sentido nacional e religioso. É fundamental que cresça a devoção ao Santo Condestável. Para nós cristãos, ele é testemunho de virtudes e inspirador de santidade, numa época em que Bento XVI tanto sublinha o ideal da santidade. Sigamos, deste modo, os passos desta magnânima figura.