A 13 de Junho de 1812, o exército aliado com 27 mil britânicos e 18 mil portugueses, sob o mando de Wellington, atravessou o rio Águeda, em direcção a Salamanca. Aqui se encontrava o exército do marechal Marmont, o carrasco da Beira Baixa, que falhara no mês de Abril a “quarta invasão” do território português. Apoiado por ofensivas noutros pontos da península, e informados da situação dos adversários, Wellington e Beresford dispunham de tempo contado para um recontro decisivo, antes que a Armée de Portugal com 49 mil homens fosse reforçada. No Buçaco os anglo-portugueses foram companheiros de armas na defesa; em Salamanca, a 22 de Julho de 1812, provarão ser companheiros de honra no ataque, infligindo uma pesada derrota aos exércitos napoleónicos e conquistando duas cobiçadas águias a regimentos que se tinham batido em Austerlitz, Ulm e Wagram. Nesta obra, e pela primeira vez, a consulta das fontes do Arquivo Histórico Militar, em Lisboa, permitiu repor toda a verdade sobre a participação portuguesa numa batalha que mudou a maré da Guerra Peninsular.