Cleópatra levou os cavalos até ao limite das suas forças.
O seu carro parecia voar sobre a areia do deserto.
Os beduínos admiram-na.
Atrás dela, todas as suas mulheres excitavam as próprias montadas.
Os seus cavalos eram crinas que o vento da corrida animava.
As roupas de tecidos leves colavam-se-lhes ao peito onde resplandeciam colares de ágatas, ametistas e turquesas.
No entanto, nenhuma igualava a beleza da rainha , vestida com uma túnica em malha de ouro.
O carro em que se encontrava e cujas rédeas segurava, com o fundo a tremer-lhe sob os pés, tornara-se uma espécie de abstracção que ela manobrava maquinalmente, como se se tratasse de um prolongamento do seu corpo.
Muitas egípcias levavam a melhor aos homens nos jogos de circo.
Adolescentes, treinavam duramente.
Depois de adultas, corriam aquando das festas oficiais.
Cleópatra era uma condutora nata. Ela flutuava. O seu corpo era leve. O seu espírito confundia-se com o dos animais árabes que respondiam à menor das solicitações.
Virou de repente, levantando uma muralha de poeira que foi perder-se no meio do acampamento imenso.
Uma ovação subiu das filas de guerreiros.
Biografia romanceada da rainha do Egipto, O Romance de Cleópatra apresenta-nos uma Cleópatra implacável, dura, no entanto, sensível, terna, uma mulher culta e bela, uma grande amante.
O excepcional destino da última soberana do Egipto, dos faustos inimagináveis da corte aos perigos insensatos de uma vida aventureira, Cleópatra, rainha aos dezasseis anos, amante de César e de António.
As descrições épicas de batalhas, as magníficas imagens da vida na corte, as terríveis execuções e traições, fazem deste romance uma excepcional obra de ficção histórica.
Um sonho pleno de tesouros, de galeras, de ouro e de dinheiro, de jogos, de origens e de batalhas épicas, através do qual o autor nos conduz com mestria.