As gotas de água não gostam da solidão.
Doze poetas juntaram versos como gotas de água, trazendo consigo o aroma das suas origens.
Rio de Doze Águas é uma antologia de doze poetas muito diferentes que se encontraram nas partilhas e tertúlias da página "Quem lê Sophia de Mello Breyner Andresen" (facebook). Alguns já com obra publicada, outros a iniciar-se no gotejar das palavras da fonte onde sempre estiveram guardadas.
Cada autor corre neste rio com sete poemas inéditos e um fotopoema. São águas diferentes, ora calmas, ora revoltas, juntas numa sintonia ímpar, líquida, quase caleidoscópica.
No todo, o leitor pode encontrar uma manta de retalhos intimistas, cosidos com finas linhas de afectos, matizes de sentires e sons de águas a correr entre palavras.
Doze Águas encontraram o poeta Joaquim Pessoa, que prefacia esta aguarela com o olhar sábio de navegante de águas profundas.
De gotas passaram a afluentes, de afluentes passaram a Rio. Agora, este Rio de Doze Águas chega finalmente a esse grande mar formado pelas mãos, pelo olhos e pelo coração dos leitores.
Da nascente da montanha ao vale deste Rio, viajaram Doze Águas com a alegria de encontrar um leito comum. Mas nada se compara à felicidade de partilhar poesia com os leitores.
Estamos felizes, hoje.
António Gil, Carlos Campos, Cláudio Cordeiro, Francisco Valverde Arsénio, Joaquim Monteiro, João Morgado, José Gabriel Duarte, José Luís Outono, José Maria Almeida, Lília Tavares, Maria João Saraiva e Paulo Eduardo Campos.