Repleto dos sons, sabores, cores e paisagens do Douro, O Rio da Amargura prende-nos do princípio ao fim. Acompanhamos as aventuras e desventuras de Mercedes com a mesma intensidade com que a protagonista as viveu, da sua paixão pelo Douro, das suas descobertas das pequenas e grandes histórias que fizeram a região, até aos seus amores mais ou menos felizes, passando pela sua luta, como produtora do Douro, com as hilariantes e penosas burocracias tão genuinamente portuguesas.
«As filhas espalharam as cinzas pelo bosquete que o Arnaldo tinha feito em frente à casa. (...) Assisti a tudo agarrada à Irene como se fôssemos duas viúvas. (...) Estava verdadeiramente comovida e chorei, chorei sem vergonha. (...) Não senti ponta de ciúme pela Irene. Extraordinário. Sofri imenso por ela e por mim. Tudo parecia tão complicado e tão simples.»