Este novo título de Susanna Tamaro, que sai praticamente em simultâneo com a edição italiana, era de há muito aguardado com expectativa.
Constituído por três histórias, encena viragens dramáticas e de certa forma fundamentais na vida de cada homem ou mulher na busca de um sentido para a existência.
Entre as personagens, muitas são crianças expostas a condições de grande violência e abandono, e em todas transparece um desespero extremo, mas também um extraordinário sentido de responsabilidade perante o facto de estar vivo.
Existe aqui um fio condutor, uma contiguidade que permite à autora explorar os abismos sombrios e os cumes luminosos da natureza humana.
E ela fá-lo sem medo, sem contemplações, extraindo deles uma formidável energia que pode ser pura destruição, mas que Susanna, quase alquimicamente transforma em energia amorosa e criadora.