Tomando como referência as doutrinas vigentes e a polémica intervenção militar, de cariz internacional, no conflito que opôs sérvios e albaneses no Kosovo, o autor reflecte sobre o papel actual e as condições de eficácia do instrumento militar. Se no passado o poder militar servia para materializar conquistas ou defender a integridade territorial, hoje em dia, e no que se refere à vigilância exercida pela comunidade internacional, a força das armas aplica-se, fundamentalmente, à resolução de conflitos. O emprego da força militar sofreu, portanto, uma profunda mudança em relação à sua utilização tradicional. Neste contexto, a análise do autor e as suas propostas permitem construir um quadro coerente e completo para a compreensão dos novos desafios que o pensamento estratégico e o instrumento militar devem enfrentar.