“Volto à poesia porque se volta sempre à casa onde mora o resto da família.
Os poemas são promessas infinitas.
Aguçam-nos o medo e depois confortam-nos,
Prometem que está tudo bem.
Espetam-nos facas no peito
Mas lembram-nos de que ainda o sentimos.
Coincidimos antes e depois
Dos versos que não estão escritos
E regressamos a casa.
É sempre no fim dos poemas que compreendemos o início de todas as coisas.”