A Rapariga dos Lábios Azuis é uma história de mistério e vingança. E também de amor e morte – a da jovem forasteira que não podendo consumar o seu amor se envenena (ou deixa envenenar). Uma narrativa a duas vozes (avó e neto) e em dois tempos (o século XIX e os nossos dias), afinada pelos gestos e ciclos do Homem e da Terra, pelo silêncio dos pauis, o rumorejar dos bosques, o murmúrio dos ribeiros. Francisco Duarte Mangas regressa com A Rapariga dos Lábios Azuis, memória de uma mulher segregada de oitocentos, que percorre grande parte do século vinte. Memória das árvores (“são como homens”), e das palavras – derradeiro afecto contra a barbaridade.
Francisco Duarte Mangas nasceu em Vieira do Minho, em 1960. É jornalista, poeta, ficcionista, com uma extensa e premiada bibliografia – Prémio Carlos de Oliveira, Prémio Eixo Atlântico de Narrativa Galega e Portuguesa e Grande Prémio de Literatura ITF.
A Rapariga dos Lábios Azuis é o seu primeiro romance a ser publicado na Quetzal.