Era negra, bela, subjugava pelo espírito. Guerreira, impôs a paz, nove séculos antes da nossa era, sobre o fabuloso reino de Sabá, país do ouro e do incenso. Contudo, a sua mais bela batalha foi a do amor e da inteligência. Desafiou o rei Salomão pelo jogo dos enigmas. Vencida, entregou-se a ele durante três noites deslumbrantes. Três noites que o Cântico dos Cânticos inscreveu para a eternidade na memória do Ocidente. A História diz-nos que Makêda, rainha de Sabá, e Salomão, rei de Judá e Israel, tiveram um filho, Mênêlik, o primeiro de uma longa linhagem de reis africanos. Através dos relatos do Alcorão, do Antigo e do Novo Testamento, a rainha de Sabá fez sonhar gerações de pintores, de poetas e de escritores. Agora, apoiando-se nas últimas descobertas arqueológicas, Marek Halter, por seu turno, revela-nos uma rainha de uma modernidade inesperada.