Trata-se de um monólogo de um homem que está num bar em Macau. As memórias vão derretendo como o gelo no fundo do copo. A sua interlocutora imaginária é a mulher estranha que está do outro lado do balcão. Alguém que é apenas, como o personagem principal, um acumular de histórias ou de banalidades. Como tudo na vida.
Esta novela, vencedora do Prémio Nacional de Literatura 2013-2014 da Fundação Lions Portugal, é uma nova forma de trabalhar o discurso interno, as memórias, sempre com a indicação de uma certa polifonia, já habitual nos livros da autora.