Ao longo de oito entrevistas, ficamos a conhecer a vocação das religiosas portuguesas do nosso século XXI. As perguntas, simples, directas e sem medo, são respondias com a mesma simplicidade, rectidão e abertura. Este segundo título da Colecção Adro traz-nos a realidade actual da vida consagrada, sem preconceitos e pela voz de quem decidiu mudar radicalmente de vida.
Excerto
«Durante mais de um ano tive sempre na mente a realidade da vida consagrada, a vida das milhares de mulheres que se entregam totalmente ao serviço de Deus e da sua Igreja. Estive em meia dúzia de cidades, falando com freiras que representam Portugal de Norte a Sul e até explorei a realidade de uma mulher que chegou à vida consagrada depois de ter crescido num país em que a própria religião era proscrita, que pensava que os padres eram coisa do tempo dos reis mas desconhecia que tanto uns como outros continuavam a existir para lá das fronteiras da Albânia.»
Filipe d’Avillez
«Tudo isto fui ouvindo – e assim mesmo – quando o “mundo” soube que a nossa filha Verónica, de 28 anos, escolhera um Carmelo como forma de vida, trocando um gabinete ministerial em Bruxelas, um namorado e uma vida que, embora de forte militância cristã, era aisée, cosmopolita e independente, pelo “sim” mais radical que alguém possa dar a Deus. E que há de mais radical senão a oferta da nossa própria vida?»
Maria João Avillez, in «Prefácio»