Durante muito tempo considerou-se que o Terceiro Mundo tinha uma verdadeira unidade e que esta era devida ao seu subdesenvolvimento generalizado, induzido, sobretudo, pelo seu passado colonial e por uma troca desigual com o mundo desenvolvido.
Desde há alguns anos a esta parte, a ideia da diversidade do Terceiro Mundo sofreu uma evolução, mas tem-se a tendência, de acordo com o Banco mundial, para apenas se considerar esta diversidade ao nível dos Estados e medi-la unicamente através do PIB por habitante.
Nesta obra é demonstrado, pela utilização de critérios diversificados, que o Terceiro Mundo pode ser dividido em quatro mundos, situados em níveis de desenvolvimento socioeconómicos extremamente diferentes.
A América Latina assenta já um pé no desenvolvimento. O mundo árabe-muçulmano não está muito longe, mas encontra-se fragilizado pela forte dependência do petróleo, pelo rápido aumento demográfico e pelos problemas internos.
A Ásia meridional está, aparentemente, muito longe, mas o seu relativo controlo demográfico e fulgurante crescimento económico fazem dela um Terceiro Mundo « bem lançado ».
Em contrapartida a África subsaariana apresenta todos os sintomas de um Terceiro Mundo « muito mal lançado».