Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Educação Pré-Escolar, destinado a leitura com apoio do educador/pais.
Ao observarmos este pequeno álbum ilustrado, percebemos que os pequenos pinguins sentem exactamente o que sentem as nossas crianças. Um diz, a mãe do nosso pinguim zangou-se: perdeu a paciência e deu um grito! O pequeno pinguim ficou desfeito. A cabeça voou até ao espaço, o seu corpo foi pousar sobre as ondas do mar, as asas desaparecem no meio da selva, o bico anda perdido no meio dos montes e a cauda (imagine-se!) foi parar a uma grande cidade, no meio do trânsito. Primeiro, as suas patas ficaram paralisadas, mas, depois, começaram a correr, até que chegaram ao deserto; aí, pararam para descansar. E porquê no deserto? Porque surgiu um refrescante sombra.
Era a mãe do pequeno pinguim, que, depois de ter gritado, fora ao encontro de cada pedaço do filho e, com paciência, linha e agulha, já tinha unido quase todos, faltando só as patas. "Desculpa...", disse ela, abraçando o filho e levando-o consigo.
Através da sua magnífica ilustração (tão suave e expressiva), Jutta Bauer não poderia ter encontrado melhor maneira de dizer esta palavras tão simples, "desculpa", no momento certo. Com este livro, os filhos aprendem o quanto os pais os amam (mesmo quando perdem a paciência); e também os pais aprendem algo de importante: pedir desculpa e abraçar um filho não é um sinal de fraqueza, mas antes um sinal de amor.
Críticas de imprensa:
Quando a Mãe Grita... é um livro catártico e imprescindível. Bom para ter pronto a uso na memória, naqueles dias em que quase à beira de um ataque de nervos precisamos de nos lembrar do poder destruidor que tem um berro.
in notícias magazine, 23 de Julho de 2006