Quatro mulheres, quatro primeiras-damas do pós-25 de Abril, reunidas pela primeira vez. Manuela Eanes, Maria Barroso, Maria José Ritta e Maria Cavaco Silva, todas elas hóspedes em tempos passados de um palácio que conhecem bem. Na fotografia sente-se a falta de Maria Helena Spínola, mulher do primeiro presidente da República pós-revolução, general António de Spínola e Maria Estela Costa Gomes, mulher do marechal Francisco Costa Gomes, o homem que sucedeu a Spínola. Se estivessem presentes, o retrato das primeiras-damas da democracia estaria completo. Se as duas primeiras damas, donas de casa exemplares, preferiram permanecer na sombra dos seus maridos, todas as outras, com carreiras profissionais próprias, viram nas suas novas funções uma oportunidade única de estender a mão a quem mais precisava. De intervir na sociedade ao lado dos seus maridos. Em conversas únicas, Alberta Marques Fernandes recolheu as suas memórias, as histórias que ainda não tinham sido contadas, as lembranças que cada uma guarda do Palácio de Belém. Todas elas são testemunhas privilegiadas da História contemporânea portuguesa. Presenciaram momentos fundamentais, como os primeiros passos da democracia, a entrada do país para a CEE, a dissolução da Assembleia da República em 2004, entre outros, e privaram com outros protagonistas da História mundial como Margaret Tatcher, François Miterrand, Nelson Mandela, os reis de Espanha, madre Teresa de Calcutá, Os papas João Paulo II e Bento XVI.