«Deixou deslizar o corpo. Submersa, aguentou até os pulmões ameaçarem explodir. Regressou à tona, à procura de fôlego, a soprar. Sacudiu uma gota das pestanas, secou a boca e as mãos na toalha, bebeu um gole, e acendeu um cigarro. De olhos fechados, repetia mentalmente, numa toada que pretendia calma, segura e convincente: Amanhã será melhor. A solidão não é eterna. Amanhã será melhor. A solidão não é eterna.»