Trinta anos de intenso investimento, com retorno a longo prazo, na modernização das infra-estruturas de base, na construção de um serviço de saúde, na formação de recursos humanos, no desenvolvimento da capacidade C&T, explicam, em parte, a crise financeira do país, mas criaram as condições para a superar, colocando-nos em melhor posição para aproveitar as oportunidades que se estão a abrir com as mudanças da geografia económica e a evolução tecnológica.
As empresas passaram a principal investidor em I&D, beneficiando de um persistente apoio público, que atingiu o pico em 2010. Muitos desses investimentos estarão agora na fase final. A sua chegada ao mercado será um passo importante para o desenvolvimento em novos moldes e para a consolidação da teia de relações de cooperação criadas com as universidades.
O reposicionamento geoeconómico abre novos horizontes para o seu sucesso nos mercados. Alguns desses resultados possibilitarão uma nova articulação de outras políticas públicas, como as políticas sociais e do desenvolvimento regional, com a melhoria da competitividade internacional.
Para tirar partido das novas oportunidades precisamos de novas políticas. Chegámos a uma encruzilhada. O nosso futuro, para as próximas décadas, será determinado pelas escolhas que assumirmos agora. As oportunidades que se abrem têm uma janela temporal limitada para serem aproveitadas e não são reversíveis.