«Portobello» é o título de uma série de fotografias realizadas no Algarve entre 2005 e 2007. Tal como acontece com nomes como «Acapulco», «Tahiti» ou «Éden», «Portobello» procura evocar um imaginário exótico genérico geralmente associado a uma ideia de natureza (virgem, paradisíaca, utópica), mas também às insígnias luminescentes de discotecas, bares, hotéis ou a nomes de cocktails. Partindo de uma abordagem documental da fotografia «Portobello» procura explorar o fenómeno contemporâneo das férias e do turismo de verão. Tal como outros destinos turísticos do sul da Europa o Algarve oferece sol, praia e animação nocturna. Os fluxos de ocupação temporários gerados pelo turismo de verão influenciam a construção da identidade deste tipo de lugar. Um lugar-marca, inventado e construído enquanto lugar para estar (não para habitar ou visitar), mas para experimentar durante uma ou duas semanas. Um lugar onde o tempo parece parar e ficar suspenso.