Poucas cidades, como esta, têm "uma alma". Queremos dizer, um carácter tão vincado. Umas das razões será a própria fisionomia urbana, inconfundível, em que abunda a construção em granito escurecida pelo tempo, pelos nevoeiros e pelos fumos. Mas a principal razão será a própria matéria humana que o habita, ao contrário afinal do que diz Eugénio de Andrade, poeta que fez do Porto a sua terra e aqui morreu: "A cidade o que tem, sobretudo, é carácter -um carácter que faz do cidadão do Porto o mais belo estilo de se ser português."