De passagem pela província, dois cavalheiros de Varsóvia, um escritor e um encenador no outono da vida, dotados de fértil imaginação, convencem- se de que dois amigos de infância, Henia e Karol, com dezasseis anos de idade, tinham sido feitos um para o outro. Apesar de Henia estar noiva de um advogado e de os dois jovens não sentirem atração um pelo outro, os dois artistas não desistem de concretizar o seu desejo de ver consumada a união dos adolescentes. Assim, não pouparão perversos esforços nem olharão aos meios necessários para arquitetar um conjunto de situações que levem os jovens a praticar atos em comum e a trair o noivo de Henia. Essas maquinações são, porém, perturbadas por uma imprevista reviravolta que envolve um homicídio acidental e outro premeditado, pelo que os dois artistas, repensando as suas intenções eróticas acabam também por se envolver em atividades sigilosas e criminosas, que passam por escrever bilhetinhos secretos, vigiar um refém e planear um assassínio. À medida que vão manipulando os jovens e o amor, fazem valer o seu desejo de poder e sedução, formando «uma estranha combinação erótica, um invulgar quarteto sexual», no âmbito do qual a palavra pornografia assume um significado peculiar.