No deserto do Arizona. Um jovem realizador obcecado com uma ideia para um filme: um único plano-sequência, uma única personagem. Frente à câmara e encostado à parede («como num assalto ou num fuzilamento»), está Richard Elster, um intelectual que, ao serviço do Pentágono, traçou a cartografia conceptual da Guerra do Iraque («eu queria uma guerra em haiku… uma guerra em três versos»). Quando a filha de Elster entra em cena, o fio da conversa filosófica dos dois homens é abruptamente cortado e a dinâmica da história conhece uma dramática inflexão.
Críticas de imprensa:
No mais recente romance de Don Delillo (n. 1936), o tempo é uma unidade móvel de inquietação. […] Uma reflexão que não fere a sobriedade formal, a solidez verbal, a propriedade narrativa, características de um autor particularmente atento aos ritmos e construções frásicas.
Hugo Pinto Santos, LER 101