Ao longo de mais de dois séculos, os EUA têm desempenhado um papel preponderante no sistema internacional, procurando exportar a sua democracia e a moral social norte-americanas para o mundo inteiro. No entanto, até à II Guerra Mundial, a política norte-americana, com exceção da entrada dos EUA na I Guerra Mundial, caraterizou-se pelo isolacionismo, pelo não-envolvimento nos conflitos entre as grandes potências, mantendo-se afastada das grandes questões europeias. Todavia, o período pós-1945 marcou o início do apogeu político e económico e de força militar dos EUA. Primeira potência mundial, a América triunfante teve de defrontar, quer no interior, quer no exterior, as tensões da Guerra Fria com a URSS. Neste contexto os EUA impõem o seu modelo ao mundo ocidental. Na transição para o século XXI, a viragem unipolar iniciou-se com Bill Clinton, como uma resposta americana ao novo contexto estratégico gerado pelo colapso da bipolaridade com o colapso da URSS. Com George W. Bush, a unipolaridade norte-americana «consolida-se». Atualmente, num contexto de crise económico-financeira mundial (de restrição e contenção orçamental), a nova estratégia de defesa propõe a deslocação das prioridades geoestratégicas dos EUA da Europa-Atlântico para a região Ásia-Pacífico e o Médio Oriente.